domingo, 24 de outubro de 2010

Querida crise




Querida Crise, para que te quero??


Brites de Almeida, mais conhecida pela padeira de Aljubarrota, pensa-se que terá nascido em Faro em 1350.

Mulher destemida e valente, depois de altos e baixos na sua vida Brites fixou-se em Aljubarrota onde se tornou dona de uma padaria.

Local onde se encontrava quando houve uma batalha entre portugueses e castelhanos. Derrotados os invasores pelos valentes guerreiros portugueses; sete deles fugiram do campo de batalha e tentando esconder-se entraram na padaria que estava com a porta aberta, isto porque todo o povo tinha vindo para a rua para defender o que era seu. Quando Brites voltou para a padaria, percebeu que as coisas não estavam como ela tinha deixado e depois de procurar encontrou sete cobardes dos castelhanos encolhidos, escondidos dentro do forno. Munida da sua pá de padeira acabou com a vida dos inimigos. Não satisfeita juntou-se a outras mulheres valentes que estavam na rua a lutar e com ferramentas caseiras todas elas correram com quem poderam dali pra fora.
Ficou assim conhecida como a padeira de Aljubarrota por ser determinada e pelo seu carácter valente.

Por isso, ainda hoje no símbolo daquela localidade está uma pá de padeira em gratidão pelo seu feito. Para sempre será conhecida pela sua valentia./



Assim sendo,

Senhora padeira de Aljubarrota faça o favor de vir pôr esta malta em sentido!


Se não se importa e, se fôr possivel, traga consigo: a Maria da Fonte,o Zé do Telhado,o Robin dos Bosques e tutti quanti parecido, é que dá sempre geito em horas de aflição tamanha.
Nada de muito complicado, não se assuste, aqui o inimigo não é castelhano, sim, tem razão talvez alguns sejam descendentes dos mesmos. ( Digam lá que aqui não consegui ter uma frase feliz e digna de um politico que se preze de o ser ?- é que, com papas e bolos se enganam os tolos!)
Certo é que, durante muitos anos andámos a prestar honras ao Lafontaine e particularmente à sua fábula da cigarra e da formiga. Fomos muitos a ser mais cigarra que formiga, e estou em crer que cada vez existem mais, e agora aiaiai. Anda meio mundo a enganar outro meio, ou mais, vive-se do descuido,do xico'espertismo,do desenrasca-te, e quem paga é sempre o mesmo.

O nosso povo foi sempre sereno e de brandos costumes,e nisso não há quem nos vire.

Enquanto se encherem estádios nos jogos de futebol, salas com concertos esgotados onde os bilhetes são a preços proíbitivos( e nem sequer se dá preferência aos artistas portugueses..é que os Euros sempre ficaríam em casa, não é?)e fiquemos por aqui porque a lista é longa... os politicos, ou governantes,como queiram,hão-de continuar a fazer como querem, aplicando a lei do quero,posso, e mando e logo existo, e o povo ?- Exausto !?.

E a malta, até para não se incomodar muito, agarra-se ao que tem mais à mão, ao mais fácil,os governantes sabem isso, seja de que partido forem, sejam eles de que país forem, é sabido que não há nada como uma diversãozeca, um escândalo côr-de-rosa ou.... a lista aqui também é longa... para acalmar os ânimos, e atirar mais uns pózinhos de perlimpimpim aos olhos do povo e logo, a crista baixa. E asim, cá vamos indo, cantando e rindo... levados, levados,sim !
Ou se emigra ou se ageita e se acomóda, mas a escolha nunca será fácil minha gente, português é assim mesmo, tem o coração ao pé da boca, é cão feroz que ladra mas não morde.
De vez em quando lá vai partindo uma loucita, só pra dizer: Bom,olhem lá essa me..daaaa, ein!??, mas nada de facto que assuste muito.
É estilo : Buu ! ( assustei-te?)

Somos lutadores, lá isso somos, só que as batalhas ficam a meio, e ora bolas, assim "nan vale", ou é ou não é, mesmo no País do faz de conta.

Como diria uma poetisa: Depois disto, desisto !
E eu também, claro, safa-te !
Tenham um bom dia e que a coragem não nos abandone .

O Futuro

Isto vaiI meus amigos isto vai

um passo atrás são sempre dois em frente

e um povo verdadeiro não se trai

não quer gente mais gente que outra gente.

Isto vai meus amigos isto vai

o que é preciso é ter sempre presente

que o presente é um tempo que se vai

e o futuro é o tempo resistente.
Depois da tempestade há a bonança

que é verde como a cor que tem a esperança

quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança

se fizermos de maio a nossa lança

isto vai meus amigos isto vai. /

José Carlos Ary dos Santos



*Não partilho nem concordo com certas frases, deste genial poeta, mas compreendo o contexto da época em que foi escrito, logo, têm a sua funçao.

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