quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Poema para um Lirio Branco


Lírio Branco

Ignorar
O cheiro do lírioBranco
Num canto do jardim
Escondido
O aroma recendido,
Impossível.
Relembrar
A chuva repentina
Caída
Sob medida
Sob nossos
Corpos
Estendidos
Inertes,
exaustos
Êxtase total.
Procurar por alguém
Que te deseje
Mais do que eu inútil.
O aroma do lírio branco
Só eu inalei
E guardei
Ficará no meu olfato
Impregnado
Por tempo indefinido
Encontrar alguém
Que o seu desejo
Grite
Como gritou
O meu
Entregue-se,
É o Amor.

Poema de Maria Júlia Pontes

1 comentário:

Maria Júlia Pontes disse...

Honrada ao ler meu poema por aqui.
Abraços.