![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyydFzszi9sIza8bZCkchBJf3sOrbFPQZKAIYgbXvfF34__1jmCc6HGAI9rRdnnHc-ySkGZwLIgjVSCFbPzLQY2VGEkVjOyYqNKSpdjss3w4fzgty_Nqtx_9YznkzSB-e7uWDLdVefAe4/s400/1CAJNB32RCAUYOKZFCA1MYPEFCAUMWFD1CAIUO3ZUCAB22GDACADPKD73CA3989LTCAM5EHW8CABT8A0MCA1KIOAPCANDJNAYCADETU0DCA5NHK69CAF233IICAE99SCPCAAEZZRGCAA7R07OCA5468XS.jpg)
Poemas a Lisboa
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Poemas a Lisboa, Sophia de Mello Breyner Andresen
publicado por Lisboa no Guiness
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Poemas a Lisboa, Sophia de Mello Breyner Andresen
publicado por Lisboa no Guiness
Sem comentários:
Enviar um comentário